Dar e Receber

Numa breve reflexão tento perceber se estaremos a dar tanto quanto recebemos.
Não é preciso muito tempo para entender que poderíamos dar mais. Existe uma ponta de egoísmo em todos nós, é normal no ser humano. Vivemos ocupados com o nosso dia, a correria habitual, o ser-se gerido pelo relógio, as obrigações que temos de cumprir.. .Mas na verdade este foi o mundo que criámos.

No meio desta azáfama constante, um sorriso, um elogio, um abraço, uma palavra carinhosa, podem fazer a diferença. Quem sabe, este nosso gesto pode dar um novo sentido ao dia daquele que está ao nosso lado... Alguém que até não nos é próximo, não tem de ser. O nosso "dar", pode ser a diferença entre um dia triste e rotineiro e um dia alegre e diferente. Um sorriso para o outro pode ser sinónimo de alento, impulsor para a sua caminhada. Dar um breve momento de felicidade a alguém é sem dúvida compensador, porque quem dá, recebe.
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Armazém de Ideias Ilimitada

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1 comentários :

Anónimo disse...

Trabalhei onze anos com toxicodependentes e, um dia, estava no extinto no Bª da Cruz Vermelha, num dia em que uma Associação ía distribuir uma refeição quente aos toxicodependentes de lá. Nunca me irei esquecer que era frango guisado com ervilhas, um pão, e umas bolachas.
Eu estava a falar com o “João” quando se aproximou uma cadela pequena, magra, escanzelada e cheia de pulgas. Numa fracção de segundo o “João” colocou o prato, quase cheio, no chão e a cadela comeu sofregamente até à útlima ervilha.
Perguntei-lhe porque é que estava a fazer aquilo, se não ía ficar com fome?
- Não, não vou. Tenho ainda este pão e as bolachas. Esta cadela teve uma ninhada que está ali ao canto, (e apontou ao longe), há pouco tempo, e precisa de comer para os alimentar.
O silêncio fez-se. E ele continuou:
- Eu também vou ser pai. A minha namorada está grávida e vive com os pais e o meu maior sonho é ficar bom para viver como meu filho e poder dar-lhe tudo!

Esta é uma história verídica e passou-se comigo. Conta-la-ei sempre que me lembrar o que simboliza DAR.
Muitos pensam nos passam fome em África, muitos pensam no quanto poderíam dar aos países de Leste... o “João” foi bem mais simples: não foi tão longe, e sem olhar a quem, deu logo... e sentiu-se útil por isso! Principalmente: SENTIU-SE FELIZ!

Catarina